quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

o meu Problema


O meu problema é gostar de escrever formalmente o meu problema é gostar de escrever de maneira informal o meu problema é que não procuro meu chinelo e fico andando por ai com um pé de cada um, ora maior, ora menor que meu pé. O meu problema é eu gostar de bagunça e música alta sabendo que eu gosto de silêncio, sossego e luzes apagadas. O meu problema não é só isso, é muito mais, é muito menos, o meu problema, é, o meu problema. Espere, qual é o meu problema? O meu problema é não saber se sou ou não indecisa (sou? acho que sim, não sei...). O meu problema é você. O meu problema é não lutar por conta do medo de perder. É. E a culpa disso é sua. Lembra? Antes eu lutava pelo que queria com todas as forças, você é prova viva disso! Mas agora que vi que posso perder, agora que vi que não sou invencível, agora que senti na pele a dor de perder algo desse tipo eu me tornei covarde. E não sei se será para sempre assim, mas diante de uma situação onde algo me corrói e eu preciso lutar para que tudo volte aos eixos eu prefiro dizer adeus e fingir que nada aconteceu. Desculpe, mas eu sou assim, pelo menos por enquanto. Só queria que soubesse que o problema é meu, e eu não estou interessada em resolvê-lo.
 Se precisar de mim estarei aqui, sempre. Aquele pedaço do meu coração que lhe dei ao nos conhecermos ainda é seu, será até que eu deixe de existir.

sábado, 21 de janeiro de 2012

linha reta

 Está feito. Não é preciso tempestade nem drama. Não é preciso lágrimas - por favor, chega de lágrimas. -, não quero despedidas. 
 Foi lindo, foi lindo. Meus olhos brilharam, você engoliu o choro - obrigada. - e eu sai como se fosse voltar amanhã - mas sabemos que não voltarei. -. O que importa é que você vai se lembrar de mim assim. Garota louca, feliz demais, triste demais, complicada demais, criança demais, adulta demais, tudo demais, essa garota é demais. Talvez lembre-se de mim apenas como aquela que sempre tentou e nunca conseguiu - não se trata só de você, foi sempre assim. -, aquela ciumenta possessiva doente - risos -. Ou nem mesmo se lembre - sorrio -.
 Eu travei, meus pés atolaram na lama, meu coração bateu forte demais, sofri um enfarte psicológico, meus olhos quiseram se fechar pois não conseguiam mais ver nada daquilo. 
 Por quê? Ei, eu não preciso disso. Nem eu, nem você. 
 Por que não acabar com as coisas enquanto ainda são lindas? Não é preciso tomar tudo até que se acabe, só bebo água para matar minha sede. Matei minha sede, matei minha fome, matei minha curiosidade, matei tudo que tinha de matar. Agora eu preciso seguir em frente, sempre haverá uma casinha à beira da estrada para quando eu precisar matar mais alguma coisa. Acontece que meus demônios eu não mato, eu os alimento, com minh'alma. Preciso deles para ser quem sou. Preciso deles para continuar me amando, me odiando, sendo feliz, sendo depressiva. Eu preciso deles.
 Meus planos? - sorrio - Eu quero ser feliz. Vou começar o que chamam de livro, eu prefiro chamar de, hum, como foi que ele disse? Estou num barco, no meio do oceano, existem várias ilhas por ai, mas não tenho controle sobre o barco, é ele quem escolhe em qual ilha irei parar. Isso, foi assim que meu querido Paulo Coelho descreveu o que é escrever um livro. Genial! Vou começar minha navegação.
 Obrigada. E, se você sabe que lhe amo então então eu lhe amo.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

sou um agente do caos

 Eu queria que você estivesse aqui comigo ouvindo essa música. Ela quando deitada fica sexy, apesar de ser toda estranha e desajeitada. Estou sorrindo agora, isso, eu escrevi depois de tudo, é uma parte à parte. Só para você saber que é tudo para você. Só para você saber que, bom, você sabe.
 Estou no metrô. Estou no carro. Na moto, à cento e cinquenta quilômetros por hora. No avião. Na montanha russa. Meus olhos estão abertos. O coração batendo forte. A respiração descompassada. Os pulmões lotados. As cores. As cores passam. Voam. Brincam, correm, zombam, choram, gritam. As cores.
 Fecho os olhos e os abro novamente; Agora estou em minha cama, posso ouvir o som de minha respiração, consigo fazer meus pensamentos passarem como um filme diante dos meus olhos. Consigo ver seus olhos, sentir sua respiração, sua calma. Vejo a lágrima cair no canto de seu olho e sinto uma escorrer em meu rosto. Será essa a sua despedida silenciosa? Eu sei que é, eu sei. Não lhe conheço, mas conheço o bastante para saber que é isso mesmo. Fecho os olhos. Isso não é real. Sinto o coração apertar. Menina tola, criança fútil, garota mimada, imatura, cresça! Me ajude a crescer? Seja meu pai sem que eu saiba, faça de mim uma mulher, uma linda mulher. Quando crescer quero ser como você. Como é que você faz aquilo mesmo? Como é que me faz sentir-me mal com apenas um olhar? Um dia aprenderei? Como? Onde você está agora? Eu preciso de você. Você é meu oxigênio. É meu Enigma masculino. É meu sorriso de euforia com uma pitada de ódio mais nostalgia de amor, inocência e surpresa compreensiva. Eu não tenho vergonha de gritar aos quatro cantos do nosso mundo que preciso de você, aliás, não tenho vergonha em mundo algum. Eu preciso de você! Preciso brincar de falar sério, falar sério brincando. Saber que você em seu silêncio charmoso me entende perfeitamente e sabe que eu faço o mesmo contigo. Saber que você sabe que não podemos ficar juntos pois somos a mesma pessoa. Somos o mesmo lado da mesma moeda em lados diferentes. Somos a nossa sorte feita por nós mesmos. Somos, juntos, eu e você um agente do caos. Somos o caos. O caos em sua mais perfeita organização. 
 O caos em sua mais perfeita perfeição.                          

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Agnes

Eu já não sei se rio ou se choro. Já não sei se me conformo ou se corro atrás. Cacetada. Como o tempo voa! Lembro-me ainda de como tudo começou, risos, um sorriso, uma cumplicidade, um bilhete, que saudade. Lembro-me ainda que éramos inseparáveis, para achar uma bastava procurar pela outra, enfim, sei que foi real, sei porque ainda é real. E eu fico tão, tão feliz por ver quem você se tornou. Uma mulher. Feliz, linda, incrível. Me sinto realizada; sabe como é, eu me sentia sua mãe, risos, sentia como se tivesse de lhe proteger. Mas olhe só para você, voando sozinha como uma profissional. Isso é doido, doido demais! Sinto tanta falta de rir de suas piadas sem a mínima graça, falta de saber tudo sobre você e vice-versa. Será que a culpa foi minha? Será que eu com essas minhas complexidades complexas, essas minhas insanidades insana acabei por acabar com uma das amizades mais pura que já tive? Não sei, vai ver foi o tempo, vai ver foi a vida dando-me uma rasteira. Não sei. O que sei é que em mim nada morreu. Ainda tenho uma irmã chamada Agnes.