sábado, 21 de janeiro de 2012

linha reta

 Está feito. Não é preciso tempestade nem drama. Não é preciso lágrimas - por favor, chega de lágrimas. -, não quero despedidas. 
 Foi lindo, foi lindo. Meus olhos brilharam, você engoliu o choro - obrigada. - e eu sai como se fosse voltar amanhã - mas sabemos que não voltarei. -. O que importa é que você vai se lembrar de mim assim. Garota louca, feliz demais, triste demais, complicada demais, criança demais, adulta demais, tudo demais, essa garota é demais. Talvez lembre-se de mim apenas como aquela que sempre tentou e nunca conseguiu - não se trata só de você, foi sempre assim. -, aquela ciumenta possessiva doente - risos -. Ou nem mesmo se lembre - sorrio -.
 Eu travei, meus pés atolaram na lama, meu coração bateu forte demais, sofri um enfarte psicológico, meus olhos quiseram se fechar pois não conseguiam mais ver nada daquilo. 
 Por quê? Ei, eu não preciso disso. Nem eu, nem você. 
 Por que não acabar com as coisas enquanto ainda são lindas? Não é preciso tomar tudo até que se acabe, só bebo água para matar minha sede. Matei minha sede, matei minha fome, matei minha curiosidade, matei tudo que tinha de matar. Agora eu preciso seguir em frente, sempre haverá uma casinha à beira da estrada para quando eu precisar matar mais alguma coisa. Acontece que meus demônios eu não mato, eu os alimento, com minh'alma. Preciso deles para ser quem sou. Preciso deles para continuar me amando, me odiando, sendo feliz, sendo depressiva. Eu preciso deles.
 Meus planos? - sorrio - Eu quero ser feliz. Vou começar o que chamam de livro, eu prefiro chamar de, hum, como foi que ele disse? Estou num barco, no meio do oceano, existem várias ilhas por ai, mas não tenho controle sobre o barco, é ele quem escolhe em qual ilha irei parar. Isso, foi assim que meu querido Paulo Coelho descreveu o que é escrever um livro. Genial! Vou começar minha navegação.
 Obrigada. E, se você sabe que lhe amo então então eu lhe amo.

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