terça-feira, 30 de outubro de 2012

Quando você é estranho eles não sabem o seu nome.

Pessoas normais para tempos estranhos.
Estranhos tempos para normais pessoas.
Tempos normais para pessoas estranhas.
Estranhas pessoas para normais tempos.

Quem vem lá três vezes?
Quem te fala ao ar?
De onde vem esse negócio?

Tempos difíceis para sonhadores.
Sonhadores para tempos difíceis.
Sonhadores difíceis para o tempo.
Tempo para sonhadores difíceis.

Quem te fala ao ar?
Quem vem lá de novo?
Pra onde isso vai?

Amores difíceis para amantes inflamados.
Amantes inflamados para amores difíceis.
Amores inflamados para amantes difíceis.
Amantes difíceis para amores inflamados.

Quem te salta o coração?
Quem te faz voar?
Pro que é que vives?

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

diamantes brilham no escuro.

De preceitos me despi e os olhos resolvi abrir, assim como a mente e o leque de novas oportunidades. Nesse meio tempo encontrei você, que sorte não? Garota de sorriso fácil e coração mole, enorme, enorme, como uma leoa cuida e ama aos seus os defendendo da maneira que for pelo motivo que for.
Ah, que dia mais lindo esse, os anos se passaram e eu nem pude perceber quão rápido foi, prometo não piscar mais, parece mesmo que à cada piscar se vão momentos saudosos. Mas que lindo, que maravilhoso, quantos momentos hum? Não poderia nunca contá-los nem nos dedos do infinito. Quero mesmo poder repetir essa e mais um milhão de outras datas, quero mesmo é poder te dizer sempre o quanto eu te amo, sem porque, somente dizer, que você merece toda a felicidade do mundo hoje e sempre, e além do sempre, porque eu bem sei que quando tudo isso acabar nós todos vamos viver a pós-vida num outro planeta qualquer, afinal, um bom livro tem que ter seu epílogo. E já disse, minha vida é no meu universo, e o que poderia ser mais maravilhoso do que viver num livro? No mais, que seus capítulos constituam páginas sem fim, e que eu, possa estar a lhe espiar entre um e outro, sempre.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

e para amenizar o devasto do tempo fotografo e escrevo.

Que saudade eu tenho dessas ou destas pessoas que me deixam de olhos arregalados, sem piscar, como que se eu piscasse perderia toda a fascinação do momento. Pessoas que fazem meu coração disparar e meu sorriso rasgar o rosto, somente ao refletir de sua luz no meu dia. Ah pessoas, pessoas que adjetivos faltam em qualquer língua que seja, para descrevê-las. Pessoas que eu sinto saudade agora, que foram ou que estão exatamente aqui ao meu lado, tenho saudade por ter acabado ou por imaginar que um dia possa vir à acabar. Ah, acho mesmo é que vivo de saudades, saudades passadas, presentes e futuras. É tudo saudade, estou já com saudade do agora, e com essa saudade toda, que dói e conforta, vou tentando controlar meu medo de  continuar a conhecer essas pessoas pra lá de fascinantes e viver momentos pra lá de maravilhosos, eu ainda não sei se a saudade super lota assim como meus pensamentos insanos e minhas memórias tão cheias de cores hoje e amanhã já desbotando-se.

latente sem sair pela tangente, late sem parar.

 De frente trás para, digo, de trás de frente para, enfim, de trás para frente. Penso em apagar tudo, isso está um escarro. Não, não apagarei nada do que escrever hoje (à não ser que eu já o tenha apagado, apaguei mesmo, será como se nada tivesse ocorrido, apaguei e vestígios não deixei). Vamos-nos logo ao assunto latente, que bem lhe aviso, não é dos melhores, nem dos piores, nem dos mornos nem dos polêmicos, é de latir. 
 Hoje mais cedo, ah mentira, não somente hoje mais cedo, desde há muito tempo atrás (não sei se apenas alguns anos podem ser considerados muito tempo, mas considerando minha pouca idade à mim metade disso já é muito tempo), venho observando algumas pessoas, todas, até as que não se consideram ou não são consideradas. Eu fiquei com nojo, não porque fediam - e algumas fedem mesmo - mas porque, bom, não sei porque, um bando de fatores chatos, incoerentes e divergentes. Pessoas amostradas, sim, acho são manequins vivas e esqueceram de avisar aos desavisados; pessoas sem o pessoal, sem o único, sem o tato, o tato de ser o que quiser mas porque é, não porque o outro mostrou que assim você ganhará seja lá o que estiver procurando. Enfim, isso está mesmo uma merda, grande porcaria de hora que resolvi não apagar nada, de qualquer maneira é isso ai, eu estou cansada, e acabei de me resolver, o nojo que tenho não é simplesmente pelas pessoas que são o que eu não acho legal, até porque não é assim que funciona, o nojo que tenho é das pessoas que são o que o roteiro manda que sejam, não das que são - mesmo que eu não ache legal o que são - mas são de fato. Mas de qualquer forma, eu ando por ai dando sorrisinhos e dizendo o que elas querem ouvir, eu não tô pra me explicar, e menos ainda pra tentar mudar ninguém, talvez a digna de nojo seja eu, e eu devo mesmo ser, tenho lá umas peculiaridades que se eu não fosse eu não iria aturar muito bem, tá que eu me amaria sim, pois eu costumo amar pessoas com suas excentricidades, mesmo que as odeie por não conseguir conviver. Ah, é isso, eu estou cansada, precisava mesmo é colocar isso pra fora, mas saiu foi nada com nada e um pouco de coisa alguma, de qualquer forma, eu entendo, logo faço minhas trezentas páginas e você entenderá menos ainda.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Eu fiz e refiz, apaguei e desfiz. Por fim, é um texto sem título.

Os dias se passam e a confusão aqui dentro somente impregna, eu nem mesmo sei se quero acabar com esta e muito menos como. Eu sei que com os dias e as confusões a chama continua acesa, a curiosidade ainda teima e eu vou te querendo assim, sem querer. Você é um pedaço de mim, eu não me dou bem comigo, mas muito me amo, muito me intrigo, você é assim, a diferença é que difere à mim, sem querer querendo, eu vou te querendo sem querer. Ah, dias nublados, dias quentes, chuvas densas, eu não sei se quero abrir os olhos, eu não sei se quero continuar, ouvi dizer que por onde vou o trânsito é intenso.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Nem cedo!

Existam a mim e por favor, não existam à você, sim, eu sei eu sei, ao chegar lá julgarão-me louca, não me encaixarei em canto algum e menos ainda faria grandes laços. Ah que saco, isso aqui está me atrapalhando, você pode por favor parar de me olhar? Se possível suma de minha vista, eu preciso mesmo achar estar falando comigo mesma. Ah sim, eu existo à mim, mas não quero existir à ti certo? Deixarei-te-ei no escuro, no escuro das entranhas e estranhas profundezas do que chamo existência, consciência, inteligencia... Negligência, sim, negligiar-te-ei caso dissimule qualquer tipo de sentimento alheio à mim. Ah sim, quase me esqueço, eu quero também aparentar o que não aparento agora nem nunca aparentarei, e somente aparento, mas sou, consegue acompanhar? E sem mais delongas, eu te quero longe daqui e bem perto, já sabe quanto à existir e sentir, no mais, não falarei, descubra à mim enquanto descobres à ti, só peço (e peça você também) para que não seja tarde demais, nem cedo. Nem cedo.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

à ti eu digo que não vives.

À ti eu desejo os raios do sol, não, não apenas isso, que venham também as árvores para lhe propiciar as mais gostosas sombras. Desejo também um pouco de sofrimento, não, é melhor que nalgum momento de sua vida sofra bastante, somente assim ao viver coisas boas saberá o quão valorosas são. Desejo também que não seja educado, não seja bonito, não seja simpático, não seja nada do que é considerado bom para a maioria, desejo que seja você no seu mais profundo eu, somente assim quando for feliz estará realmente sendo, e ah, lembre-se, por favor, sem preceitos, sem padrões, faça o que der na telha. Se conseguir ao menos metade disso poderá voltar aqui e dizer "Eu vivi".

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Virtudes distorcidas e sorrisos jogados à sarjeta. Que me importa um abraço? Posso sim desferi-lo à quem bem entender, mesmo que esse quem não me seja alguém. Ah, poupe-me, vivo num mundo onde a palavra valor remete-se logo à quantidade material, pare com esses sonhos malucos e venha já trabalhar. Ouvi dizer que você estava à procura de sinceridade, olhe, digo logo, não venha interferir isso é mau para os negócios, aqui as coisas não funcionam aqui, faça já o favor de abaixar a cabeça e pedir desculpas! E mais, deixa desse negócio de sensibilidade, pode até ter, mas sabe, a pose não pode ser essa, tem mesmo é que sair bem na foto, o que importa mesmo é que tenha bons contatos.

Lugar Nenhum

À deriva do que me parece bom eu espero, espero na esperança de que um dia possa parar de esperar. Fétido, pútrido, insalubre, é neste lugar onde me encontro; oh não, à essa altura já devo estar contaminada, por que diabos não fui embora antes? Ora essa, deixe de balela, como poderias saber onde é que estava se metendo? Ouvi dizer que os que aqui chegam vêm somente o arco íris por cima à poluição. Agora trate de se adequar, caso não queira se contaminar eu sugiro que feche bem a boca e os olhos, do contrário será inevitável; e mais, se quiser se poupar do incomodo é melhor mesmo voltar do lugar d'onde veio.

domingo, 7 de outubro de 2012

Ela

Lentamente, levemente, sorrateiramente ela levanta o olhar de encontro ao meu, como num movimento comum, sem porquê, sorri e o desvia, num décimo de segundo. Mentira, foi tudo num movimento brusco, eu que reproduzindo e reprisando mentalmente retorci para que eu pudesse observar melhor os movimentos de uma armadilha funcionando. - Uuh, eu quero você, como eu quero... -. Menina de gestos desconhecidos e palavras não ditas, as ditas, eu não ouvi. Me fale por favor, ao menos um pouco, fofoque comigo sobre si mesma, eu não gosto do escuro, quero poder olhar em seus olhos sem ver essa nebulosa tão próxima. - Suspiro - você me cansa, eu corro, corro tanto, em todas as direções - ofegante - não tenho mais fôlego, o cérebro já não organiza meus pensamentos, eu travo, por isso, eu me acimento, me enraízo aqui no chão, e fico à apenas te observar, sem compreender nem um dedo.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

como é possível o impossível?

Sinais que sinalizam os dessinais - Pare, volte de onde veio e esqueça para onde estava indo. - eles dizem. Afagam meu ombro e sussurram em meu ouvido - Está fazendo a coisa certa, o caminho é estreito, escuro e tortuoso, mas ainda assim o certo. -. É como um cabresto, a liberdade me consome, a liberdade de minhas escolhas, minhas inúmeras possibilidades me sufocam, e eu grito - Feche a janela, não consigo respirar! -. Sigo à rédea curta, brincando de bem me quer mal me quer, jogando com o acaso e rindo do possível, só assim, talvez, quem sabe, um dia, o impossível me chegue.