quarta-feira, 11 de abril de 2012

Grite Comigo!


 Eu estive lá e eu posso dizer que estive. Não posso dizer com palavras, o faço e o posso com atos. Eu estive lá e se eu dissesse ninguém acreditaria. Eu estive no podre de minh'alma, nos encravos do meu pior, nos picos de minha loucura. E eu grito - Eu não sou louca, eu não sou louca. -, cuspi na cara do rei. Despenteei a rainha. - Eu não sou louca. Por favor, não me perdoe, eu sou louca. -. 
 Não posso dizer ao certo o correto e o errado. Eu sou louca e não sei onde é o limite entre minha sanidade e minha loucura. Eu sou normal. Eu não posso dizer o contrário. Eu faço. Ora com medo e coragem, ora sem medo e sem vergonha, nem na cara nem em lugar nenhum. Eu não me importo com quem morreu hoje. Nem com quem vai morrer. Muito menos com os vivos. Eu me importo com quem eu realmente posso dizer. Me importo com quem, de alguma forma, me entende. Me decifra, me mata, escarra, bate em minha face. Somos bons amigos, eu me importo.
 Não quero tapas nas costas. Eu quero escarros, eu quero murros. Eu quero gritos selvagens de uma loucura há muito reprimida. Eu quero gritar e quero que você grite comigo.

Um comentário:

E por que não se expressar?