domingo, 4 de novembro de 2012

A verdadeira ilusão. A ilusão da verdade. II

Seis meses se passaram, as profecias foram todas realizadas; o sol já iluminava mais do que um dia o luar iluminou a noite e o sono, bom, deixemos para depois, talvez eu trate aqui da maneira como tratei da saída da garota para sua iniciação, principalmente.
- Por favor, eu preciso de água, não falo da água como água, a quero como essência. - Um suspiro, quase um grito, mas abafado no momento certo, no início, logo, nem suspiro nem grito. - Eu fiz o que pude e o que não pude, mas o que era pra fazer fiz e como por essência é o certo também. - Agora um grito, já não cabem mais palavras aqui, o homem a pega pelo pescoço e a levanta olhando em seus olhos, olhos de azedume, azedume limão com morango, o chocolate de outrora fora-se'mbora junto com as lembranças do quarto rosa. 
- Eu a avisei dos perigos e das angústias, não estamos com tempo nem forças pra intercepções, quero agora, não m'importa como seja, quero agora o que lhe mandei como fato consumado nessa noite. Acha que isso de ser filha do destino é algum tipo de brincadeira para passar o tempo? Acha que seu nome entrará p'ra história e sua morte será triunfante? Pois digo logo, desvista-se dessas ideias, sua morte provavelmente será das mais cruéis, e seu nome - Um riso sarcástico e silencioso - seu nome nunca lembrado!

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