... e pra não ser tão explícita. Que comece... termine.
Hoje abri aquela caixa antiga, aquela que costumava ficar exposta na nossa sala, aquela cuja qual eu menti dizendo que havia jogado-a fora assim que você se foi.
A verdade é que eu a escondi onde nem mesmo eu tivesse fácil acessoe resolvi acessá-lo hoje.
A verdade é que eu a escondi onde nem mesmo eu tivesse fácil acessoe resolvi acessá-lo hoje.
Estava cheia de "trecos", coisas velhas. Nem eu imaginava a antiquaria na qual aquilo havia se tornado.
Mentira! Você sabe, não faz tanto tempo assim. Acontece que eu as havia posto num lugar tão fundo em minha mente que parecia já não mais existir.
É verdade, você como você não me faz falta, hoje eu já nem quero sentir seu cheiro. Ouvi dizer que seu perfume agora é doce demais, suas roupas novas demais e seu cabelo tá com um corte novo. Mas ah!, que falta me faz aquela dos bilhetes que reencontrei naquela caixa! Céus!!!, eu reli quase tudo, e UAU, me senti como se eu fosse mesmo como outra pessoa ao seu lado, e até mesmo você também mudasse ao meu lado. "Você está aqui pra me provar que eu posso entregar-me totalmente à alguém, de olhos fechados e braços atados; eu sei que você vai me segurar!". Lembra-se? Pois é, eu não me lembrava de ter sido capaz um dia de confiar totalmente em você, parabéns, você conquistou e jogou tudo fora. - Fiquei até com vontade de rir. - Isso me lembrou a conversa que tive hoje mais cedo sobre os ricos: eles têm tudo e não dão valor geralmente ganhando mais e mais; enquanto os pobres, bom, nós sabemos. A questão é que você me tinha por inteira, totalmente em suas mãos e - inexplicavelmente - isso se intensificava a cada dia! Até que - voi la - como numa bomba foi-se tudo duma só vez. Parabéns novamente. Mas principalmente parabéns a mim, que consegui me recompor e - acredite ou não - tenho novamente a capacidade de acreditar totalmente em alguém - não em você, é claro! -, e por conta disso: parabéns e obrigada.
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Isso não é uma história de amor, não de amor com troca de saliva. É um breviário duma bomba, nada muito conhecido, é uma bomba muito rara e cara - impagável - de nome amizade. Um breviário em câmera lenta de como ela foi criada para então ser explodida, com direito a cenas especiais de como ficaram os destroços e como foram reconstruídos.
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