terça-feira, 14 de setembro de 2010

Quartel General

  Sentada em sua cama revestida com aquele seu edredon cujo qual ela odiava por ser rosa cheio de flores, (aliás sua mãe adorava dar-lhe coisas desse tipo, parecia até que gostava de ver a cara de desgosto da filha ao receber presentes desse tipo), pensava no quão odiava sua vida, odiava mais ainda por não ter coragem de acabar com essa mesma. Será que era só revolta de aborrescente ou tinha mesmo ela um motivo? Com absoluta certeza não conseguia responder para si esta pergunta, mas o que sabia era que se sentia em um quartel general, nada mais nada menos que isso. A todo segundo ouvia coisas do tipo "você não faz naada", "ainda não arrumou a casa?", "vai em tal lugar fazer tal coisa", e o pior de ouvir tudo isso era que quando a coisa não saia da forma desejada ainda tinha que ouvir "você não faz nada", "você é uma ingrata", "eu te dou tudo do bom e do melhor", mas NÃO, não dava nada, aliás só fazia sua obrigação, até porque o mínimo que sua mãe podia lhe dar era casa comida e roupa lavada, afinal, ela não tinha pedido pra nascer, ou tinha?
 Mas tudo bem, ela pensava, com 18 anos eu saio desse quartel general e não volto NUNCA MAIS!

- só um desabafo...

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