segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O que me faz ser o que sou?

 Será que foi o Big Bang?
 Será que foram meus avós que fizeram meus pais que por sua vez me fizeram? Ou será que só devo o que sou à meus pais?
 Será que são as pessoas com quem convivo?
 Será que são os livros que eu leio? Os filmes que eu assisto? Ou as musicas que ouço?
 Será que são as escolas por onde passei?
 Ou será que posso ser egoísta e prepotente o suficiente para dizer que sou o que sou porquê eu sou e ponto final?...
 ...Acho que não. Acho, aliás, que tudo que citei até aqui foi e continuará sendo importante para a formação de meu ser (até porquê nós seres humanos, (pelo menos eu), estamos sujeitos a mudanças, firmações e/ou transformações em nosso caráter).
 É claro que sem o Big Bang não existiria nem mesmo meus antigos ancestrais para poder, eu, vir em seguida. Mas também é claro que se meus avós não tivessem feito meus pais eu não teria nascido, pois até onde eu sei não nasci do nada. E mais claro ainda é que não teria eu sem meus pais, não preciso nem dizer o porquê, e digo isso no sentido cientifico que conhecemos, pois não sei de nenhuma pessoa que tenha surgido do nada, se sabe diga-me, estou curiosa.
 Já as pessoas que convivo, bom, não sei bem se elas interferem no que sou, na verdade só interferem aquelas cujo as quais quero que interfiram, do contrário são só pessoas, indiferentes, pois tenho a certeza de que eu não seria uma criminosa se convivesse com criminosos.
 Os livros, os filmes, e as músicas, sim, a parte mais divertida de minha vida, sinto o prazer emanando de meus poros só de pensar neles, aliás estou ouvindo uma música agora que me faz ter vontade de simplesmente não ter mais vontade, entende? Uma vontade de deitar e ficar quieta ouvindo ao mesmo tempo que tenho vontade de cantar a musica e sair correndo na rua, um sorriso acabara de brotar em minha boca, espero que eu tenha conseguido explicar-lhe o quão é prazeroso esses três itens para minha pessoa, ( a música é One Last Breath do Creed). Mas enfim saindo desse estado de êxtase, voltemos a falar do que me faz ser o que sou. Estávamos nos filmes, músicas e livros não é?! Sinceramente não acho que eles façam eu ser o que sou, pois eu já sou o que sou antes de lê-los, assisti-los ou ouvi-los, pois se não fosse como poderia decidir entre qual escolher? Sou eu que decido se quero ler um gibi ou um livro sobre filosofia, e quando faço tal escolha já escolho de acordo com o que sou.
 As escolas, questãozinha complicada, mas já digo de ante-mão que não, não são elas que fazem eu ser o que sou, pois nem o conhecimento necessário de que preciso elas me dão direito (este ultimo, aliás, devo ao meu pai). As escolas dão-me as opções, nelas contêm diferentes tipos de pessoas, e sou eu que decido com quais tipos quero conviver, nelas é onde vou conhecendo um pouco do que vou querer ser, mas isso não quer dizer que seão elas que decidem o que sou ou serei.
 Bom, no sentido cientifico é claro que são meus pais, ancestrais, etc, etc... Mas acho que sinceramente, e sem puxa-saquismo algum devo o que sou única e somente ao meu pai, este ser que para meu ser é simplesmente nada mais nada menos que o meu perfeito defeituoso. Foi com ele que conheci os livros, a matemática, o dom do ignorar, o dom da criatividade, o dom dos esportes, o dom do xadrez, e pra falar a verdade tudo, absolutamente tudo que sou devo a ele, cada parte de meu temperamento, cada parte de minhas decisões, cada parte de meus pensamentos devo a ele, e o amo tanto, tanto, que nem sei se amor é uma palavra digna do que sinto por ele, pois se não fosse ele temo que eu seria só mais uma acomodada!

Eu te amo querido Pai.

 É claro que ele não "fez" minha cabeça, mas assim como tudo na vida ele me deu opções, eu sempre tive a opção de não gostar de ler ou gostar, de não gostar de matemática ou gostar, mas todas as opções que meu pai colocava à minha frente eram e ainda são as certas!
 Um grande, porém singelo perto do que fez e faz por mim, obrigada, muito obrigada, sinceramente não tenho palavras para ti, meu querido, amado e inexplicável pai.

8 comentários:

  1. Olá mocinha. Bom quanto ao texto adorei. Mas o nosso carater é realmente posto sobre nós por conta da vida. Fê...Fêzinha...Fêzoca...Ainda teremos muito a falar, muito a discutir, e muito a aprender. A vida não somente é feita de música, matemática, livros... A vida está ligada nas vivências expostas, nos cultivos de cada dia, na sabedoria aplicada, e assim vamos reformulando o nosso digno carater. Eu espero que esteja na lista das pessoas pelas quais de alguma forma ou de outra tem ajudado a formação so seu eu...Bjocas.

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  2. Sim a vida é feita de tudo isso, mas nós passamos por tudo isso de acordo com o que achamos que é correto, de acordo com o que somos, e logo não são as situações que nos fazem, somos nós que à fazemos! Vc me dá opções, assim como meu pai, mas sinceramente a unica que seguirei de você vai ser sair de casa rs'. Beijos.

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  3. que texto emocionado, márcia! seria mto curioso se vc tentasse reescreve-lo com um narrador em 3º pessoa.

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  4. Gente, fico orgulhoso pelo texto, mas acho que ela exagera um pouco, só dou alguns conselhos.

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  5. Muito obrigada querido pai, mas sinto dizer-lhe que está estonteantemente errado ao achar que exagerei, aliás fui até modesta demais!

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  6. Nossa, adorei o texto!
    Super lindo!

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E por que não se expressar?